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segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Acusados de participar de racha que matou adolescente vão a julgamento nesta terça

Fabíula Coalio, de 12 anos, foi atropelada e morta em 2003, na Avenida Colombo, em caso que gerou comoção na cidade. Promotoria afirma que os responsáveis disputavam um racha e fugiram do local. Defesa não se manifestou. Processo tem 900 páginas

Os dois acusados pelo atropelamento que matou a garota Fabíula Regina Coalio, de 12 anos, há seis anos, em Maringá, serão julgados nesta terça-feira (4). Os acusados são Marcos Jesus da Silva, 31 anos, e Luiz Cavicchioli Forini, 24 anos. O atropelamento aconteceu em 2003 porque, segundo a acusação, os dois participavam de um racha. O caso gerou comoção na cidade.

O julgamento será presidido pelo juiz de Direito Cláudio Camargo dos Santos, titular da 1.ª Vara Criminal de Maringá, e está marcado para 8h30, no Fórum de Maringá. Portanto, será aberto ao público. O processo tem 900 páginas e segundo o promotor de Justiça, Edson Aparecido Cemensati, que atua na acusação, é prenuncio de um julgamento longo, que "deve entrar pela madrugada".

Como será o julgamentoO julgamento será presidido pelo Juiz de Direito Cláudio Camargo dos Santos, titular da 1ª Vara Criminal de Maringá. O promotor, que atua na acusação, será Edson Aparecido Cemensati, que terá assistência do criminalista Israel Batista de Moura. Na defesa estarão Laércio Nora Ribeiro (que representa Marcos Jesus da Silva) e José Hermenegildo Baptista Raccanello (que representa Luiz Cavicchioli Forini).

A condenação ou absolvição dos acusados caberá a um conselho de sentença formado por sete pessoas, de diversos segmentos da sociedade. Elas serão sorteadas na hora, entre um grupo de 25 pessoas, no primeiro ato do julgamento.

Em seguida ocorrerá o depoimento das testemunhas, tanto de defesa quanto de acusação. Mais de 10 pessoas foram intimadas a comparecer.

Depois o promotor receberá a palavra. Ele terá 2h30 para fazer sua exposição, mesmo tempo destinado aos advogados de defesa, que falarão na sequência. Tanto a acusação quanto a defesa terão ainda 2h de direito à réplica e tréplica, respectivamente.

Como a Vara Criminal representa a primeira instância da justiça, cabe recurso ao resultado do julgamento. Se isso ocorrer, o caso pode ser levado ao Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e, em determinados casos, até mesmo ao Superior Tribunal Federal (STF).
De acordo com Cemensati, Fabíula estava na Avenida Colombo, a cerca de 400 metros acima do cruzamento com a Avenida Paraná, quando foi atropelada pelo carro de Silva. Forini estaria dirigindo um Ômega turbinado. Cemensati afirma que um laudo pericial apontou que ambos estavam a uma velocidade de 130 km por hora no momento do acidente. O choque aconteceu às 19h30 de uma quarta-feira, 13 de agosto.

Fabíula estava no meio-fio, prestes a iniciar a travessia da avenida, já que sua mãe tinha uma lanchonete do lado outro da via. Segundo Cemensati, ela foi arremessada a uma altura de mais de cinco metros e caiu a 66 metros do local do atropelamento, tendo morte instantânea.

Os homens, ainda segundo a promotoria, haviam iniciado o racha no cruzamento entre a Avenida Colombo e a Rua Professor Lauro Werneck, o que significa que eles percorreram pelos 800 metros até o atropelamento.

Eles responderão por homicídio por dolo eventual, por "assumir o risco do resultado morte", segundo o promotor, cuja pena varia entre 6 e 20 anos de reclusão.

Defesa

A reportagem entrou em contato com os advogados de defesa dos dois acusados. Laércio Nora Ribeiro (que representa Marcos Jesus da Silva) preferiu não comentar o caso. José Hermenegildo Baptista Raccanello (que representa Luiz Cavicchioli Forini) não foi encontrado no escritório onde trabalha.
Fonte: Gazeta do Povo

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