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quinta-feira, 10 de março de 2011

Os jovens e as drogas lícitas

Não se trata nem de inversão de valores o que vemos na campanha publicitária de uma cerveja que tem como garota propaganda a cantora Sandy, na minha opinião se trata mesmo é de ausência de valores, se atentarmos para o que siginifica a palavra devassa: que é uma pessoa depravada, dissoluta, libertina, licenciosa, podemos concluir dessa forma.

O pior é que na semana em que se comemora o dia internacional da mulher, a nossa sociedade ou pelo menos a grande parte dela não repudia esta campanha de mau gosto, mas deixemos o enfoque moral para um outro dia e vamos a questão da relação das drogas e os jovens.

O que me chama atenção é que no Brasil ainda se permite que tais campanhas sejam veiculadas na mídia, é sabido que o álcool é a porta de entrada para outras drogas e a droga que mais faz vítimas e é a mais consumida pelos jovens no Brasil.

Sabemos também que o Brasil infelizmente está em primeiro lugar no mundo como o maior consumidor de destilados de cachaça e o quinto maior produtor de cerveja. O álcool é a droga preferida dos brasileiros (68,7% do total).

A Polícia Rodoviária Federal registrou 213 mortes neste ano apenas nas rodovias federais e pesquisas mostram que o álcool está relacionado a 50% das mortes por acidentes de carro, 50% dos homicídios e 25% dos suicídios.

A Universidade Federal de São Paulo, em pesquisa recente com jovens com idade entre 11 a 21 anos apontou que 62,2% dos jovens que participaram da pesquisa, ingerem bebidas alcoólicas.

Uma advertência pequena como a que vemos nas propagandas, "beba com moderação", não tem nenhuma eficácia para diminuir a influência que a publicidade tem sobre os jovens, adolescentes e até crianças.

Os fabricantes de bebida alcoólica, agências de publicidade e seus protagonistas só pensam nos lucros, e o maior valor é o financeiro mesmo, a saúde pública é relegada a último plano, mesmo que a altos custos para o Sistema Único de Saúde e para as famílias brasileiras.

Vejamos o que as pesquisas do próprio Ministério da Saúde revelam em relação ao consumo de bebidas alcoólicas pelas mulheres.

Pesquisas realizadas pela Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde revelou o crescente consumo de alcool pelas mulheres: em 2006 a ingestão de bebida alcoólica pelo sexo feminino foi de 8,1%, em 2007 foi de 9,3 e em 2008 foi de 10,5%.

O objetivo da campanha é este mesmo aumentar o número de consumidores e depois que as famílias corram atrás do prejuízo.

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