O Exército vai enviar militares a postos de fronteira no Rio Grande do Sul para ajudar no combate à gripe A (H1N1), conhecida como gripe suína.
Uma força-tarefa com a participação de militares e funcionários das prefeituras e do governo do Estado pretende monitorar a circulação de viajantes em 14 pontos por onde passam pessoas vindas da Argentina e do Uruguai.
Os soldados devem atuar apenas na orientação aos viajantes e na distribuição de declarações de saúde.
Em nota, o Centro de Comunicação Social do Exército disse que as ações a serem desenvolvidas em apoio à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) estão em "fase de planejamento".
O Comando Militar do Sul também foi autorizado pelo Ministério da Defesa a colaborar em ações na fronteira em Santa Catarina e no Paraná.
De acordo com o secretário da Saúde do RS, Osmar Terra, os militares devem reforçar o trabalho em cidades como Porto Mauá (581 km de Porto Alegre), onde a prefeitura tirou um enfermeiro da rede de atendimento local para distribuir panfletos e máscaras no atracadouro da balsa vinda da Argentina, pelo rio Uruguai.
Mutações
O epidemiologista Pedro Tauil, da UnB (Universidade de Brasília), disse que o reforço no controle de fronteiras é importante para diminuir a probabilidade de o vírus sofrer mutações. "A cada novo infectado, o vírus se replica e há a chance de mutação, aí você pode ter um vírus mais ou menos letal."
Na Argentina, a associação de empresários do setor teatral anunciou que os espetáculos serão suspensos por dez dias, após a queda de público.
Novos casos
O Ministério da Saúde confirmou ontem 20 novos casos da doença. O país soma agora 905 casos --a maioria já teve alta ou está em recuperação.
Ontem, o ministério anunciou que o balanço de novos casos passará a ser divulgado apenas uma vez por semana a partir do dia 12 -até agora, os balanços eram diários. Nesta semana, serão divulgados balanços amanhã e na sexta-feira.
O ministério alegou que a mudança vai adequar o monitoramento ao novo protocolo para a gripe suína, alterado na última sexta-feira. A partir de agora, o encaminhamento a hospitais de referência e os exames de confirmação só serão adotados se o médico avaliar que o quadro é grave ou que o paciente é de risco.
O ministério informou que, com o balanço semanal, a área técnica terá mais tempo para analisar os dados. Um dos fatores que influenciou na decisão, de acordo com o órgão, foi a perspectiva de aumento do número de casos por conta do inverno e do período de férias.
Fonte: Folha Online
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terça-feira, 7 de julho de 2009
Exército combaterá gripe suína na fronteira
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