MP-PR quer esclarecimentos no caso Morro do Boi

Promotoras solicitaram exames, laudos e reconhecimento da vítima do novo suspeito

A Promotoria de Justiça de Matinhos, no litoral do Estado, protocolou ontem uma petição requisitando várias esclarecimentos quanto ao novo suspeito do crime do Morro do Boi, onde um estudante foi asssassinado e a namorada baleada em janeiro deste ano, em Caiobá. O novo suspeito foi preso na quarta-feira passada, e uma arma em seu poder seria a usada no crime no Morro do Boi.

O delegado Luiz Alberto Cartaxo Moura, que coordenou as investigações revelou que um exame de balística realizado pelo Instituto de Criminalística na segunda-feira confirmou que a arma encontrada com Paulo Delci Unfried, 32 anos — preso no litoral paranaense acusado de assaltos a condomínios, inclusive com violência sexual — foi a mesma arma utilizada para matar o jovem Ozires Del Corso e balear Monik Pergorari de Lima no dia 31 de janeiro deste ano. Unfried teria confessado o crime, ontem, para as promotoras de Matinhos, mas teria entrado em cotnradições, por isso a petição por maiores esclarecimentos e exames.



Cartaxo explicou que a partir de agora, é o Poder Judiciário quem vai determinar o que deve ser feito. “Realizaremos as diligências de acordo com o que o Poder Judiciário nos solicitar”, disse Cartaxo.
Até ontem, um outro homem era apontado como autor do crime. Juarez Ferreira Pinto foi indiciado pelo MP-PR em março, por roubo seguido de morte, roubo seguido de lesão corporal grave, atentado violento ao pudor e por perigo de contágio de moléstia grave.

Durante as investigações da polícia no início do ano, uma testemunha e uma prova adulterada em favor de Juarez deram certeza à polícia de que ele era realmente o autor dos crimes. Pouco antes da conclusão do inquérito no final de fevereiro, foi ouvida a esposa de um bombeiro que estava na praia na manhã em que a menina foi resgatada e disse ter reconhecido Juarez em meio às pessoas que acompanhavam o resgate. Na época, Monik também o apontou como autor do crime.
Fonte: Bem Paraná