Um grupo hondurenho de direitos humanos denuncia que as condições sob as quais estão sendo mantidas as pessoas dentro da embaixada brasileira em Tegucigalpa poderiam ser classificadas como "tortura".
"Estão torturando o presidente (deposto, Zelaya) e todas as pessoas que estão dentro desta embaixada do Brasil desde que ele chegou", disse ao UOL Notícias Carmen Martinez, membro do Centro de Prevenção, Tratamento e Reabilitação das Vítimas de Tortura.
"O que estão fazendo é submetê-los a todo tipo de tortura: tortura psicológica, tortura física, estão portando armas letais, armas que poderiam ser usadas em guerra, não em uma situação como a que estamos vivendo", acrescentou a psicóloga. "Por isso consideramos que estão violando claramente os direitos humanos, que estão fazendo tortura."
"O governo está fustigando as pessoas lá dentro porque não lhes dá comida, cortaram a água, a luz. Além de tudo, estão jogando gases tóxicos na embaixada. Ou seja, o que estão querendo fazer é debilitá-los psicologicamente, tirar sua força - esse é o objetivo da tortura - e então fazer com que se rendam", afirma Martinez. "A tortura mudou, as pessoas especialistas nisso mudaram a forma de praticá-la, fazendo de uma maneira aparentemente sutil ou permitida para que não deixe marcas, mas neles sim está deixando marcas: há dor e sofrimento psicológico, e já começam a ter reações físicas."
O grupo contra a tortura se manifestou na tarde de ontem (dia 25) diante de uma das barreiras policiais que cercam a região da embaixada brasileira. Diante dos militares que permanecem de pé em linha, fechando a rua, cerca de 25 pessoas carregavam cartazes acusando-os de "torturadores" e dizendo que ser um soldado de baixa patente não é justificativa para obedecer e reprimir.
Condições sanitárias precárias
Uma delegação de representantes de organismos internacionais, incluindo a Cruz Vermelha, visitou ontem a embaixada e constatou que houve feridos com o lançamento de gás tóxico e que as condições sanitárias são precárias.
"Houve lançamento de gás e depois várias pessoas se sentiram mal: garganta seca, dor de cabeça, desconforto gastrointestinal, sangramento, reações dermatológicas. Não podemos constatar que tipo de gás foi, porque é necessário exames laboratoriais, mas é certo que existe uma relação entre o gás e esses sintomas", afirmou o ministro da Saúde do governo Zelaya, Carlos Aguilar, na noite de ontem, após visitar a embaixada.
Segundo Aguilar, o estado de saúde da maioria do grupo já melhorou, mas uma pessoa diabética pode precisar de maiores cuidados.
O ministro do governo Zelaya também classificou o estado sanitário da embaixada como "preocupante". Ele afirmou que a quantidade de água potável disponível é muito restrita, o que provoca outro problema sanitário: a dificuldade em escoar os dejetos.
Além disso, continuou Aguilar, os cachorros que estão dentro da embaixada são treinados para cheirar a comida que chega para identificar se está ou não envenenada. Às vezes, os cachorros lambem a comida.
O chefe dos militares que cercam a embaixada, Jorge Cerrato, negou o uso de qualquer tipo de gás tóxico. "O que acontece lá dentro é que existe um grupo que faz a limpeza do local com equipamentos que têm motores movidos a gasolina. De qualquer forma, os médicos e os representantes dos direitos humanos vão poder entrar para averiguar o que está acontecendo." Fonte: Uol Notícas
"Estão torturando o presidente (deposto, Zelaya) e todas as pessoas que estão dentro desta embaixada do Brasil desde que ele chegou", disse ao UOL Notícias Carmen Martinez, membro do Centro de Prevenção, Tratamento e Reabilitação das Vítimas de Tortura.
"O que estão fazendo é submetê-los a todo tipo de tortura: tortura psicológica, tortura física, estão portando armas letais, armas que poderiam ser usadas em guerra, não em uma situação como a que estamos vivendo", acrescentou a psicóloga. "Por isso consideramos que estão violando claramente os direitos humanos, que estão fazendo tortura."
"O governo está fustigando as pessoas lá dentro porque não lhes dá comida, cortaram a água, a luz. Além de tudo, estão jogando gases tóxicos na embaixada. Ou seja, o que estão querendo fazer é debilitá-los psicologicamente, tirar sua força - esse é o objetivo da tortura - e então fazer com que se rendam", afirma Martinez. "A tortura mudou, as pessoas especialistas nisso mudaram a forma de praticá-la, fazendo de uma maneira aparentemente sutil ou permitida para que não deixe marcas, mas neles sim está deixando marcas: há dor e sofrimento psicológico, e já começam a ter reações físicas."
O grupo contra a tortura se manifestou na tarde de ontem (dia 25) diante de uma das barreiras policiais que cercam a região da embaixada brasileira. Diante dos militares que permanecem de pé em linha, fechando a rua, cerca de 25 pessoas carregavam cartazes acusando-os de "torturadores" e dizendo que ser um soldado de baixa patente não é justificativa para obedecer e reprimir.
Condições sanitárias precárias
Uma delegação de representantes de organismos internacionais, incluindo a Cruz Vermelha, visitou ontem a embaixada e constatou que houve feridos com o lançamento de gás tóxico e que as condições sanitárias são precárias.
"Houve lançamento de gás e depois várias pessoas se sentiram mal: garganta seca, dor de cabeça, desconforto gastrointestinal, sangramento, reações dermatológicas. Não podemos constatar que tipo de gás foi, porque é necessário exames laboratoriais, mas é certo que existe uma relação entre o gás e esses sintomas", afirmou o ministro da Saúde do governo Zelaya, Carlos Aguilar, na noite de ontem, após visitar a embaixada.
Segundo Aguilar, o estado de saúde da maioria do grupo já melhorou, mas uma pessoa diabética pode precisar de maiores cuidados.
O ministro do governo Zelaya também classificou o estado sanitário da embaixada como "preocupante". Ele afirmou que a quantidade de água potável disponível é muito restrita, o que provoca outro problema sanitário: a dificuldade em escoar os dejetos.
Além disso, continuou Aguilar, os cachorros que estão dentro da embaixada são treinados para cheirar a comida que chega para identificar se está ou não envenenada. Às vezes, os cachorros lambem a comida.
O chefe dos militares que cercam a embaixada, Jorge Cerrato, negou o uso de qualquer tipo de gás tóxico. "O que acontece lá dentro é que existe um grupo que faz a limpeza do local com equipamentos que têm motores movidos a gasolina. De qualquer forma, os médicos e os representantes dos direitos humanos vão poder entrar para averiguar o que está acontecendo." Fonte: Uol Notícas
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