O ministro das Relações Exteriores da Colômbia, Jaime Bermúdez, disse nesta quarta-feira em Brasília que os países da Unasul (União de Nações Sul-americanas) devem ir além do acordo militar entre Colômbia e Estados Unidos e discutir também o terrorismo e o recente acordo do Brasil com a França para a compra de equipamento militar.
O Conselho de Defesa do organismo vai se reunir no próximo dia 15 em Quito, em um encontro convocado fundamentalmente para discutir os detalhes do acordo que está sendo negociado entre a Colômbia e os EUA para o uso de sete bases colombianas por militares americanos, conforme decidido na cúpula de chefes de Estado realizada em Bariloche em 28 de agosto.
Mas os colombianos insistem que a questão das guerrilhas, do terrorismo, do narcotráfico e os acordos militares de todos os países da região com terceiros sejam alvo das discussões.
"A Colômbia acredita que é muito importante que nesse cenário da Unasul sejam discutidos todos os temas de interesse regional, como a presença de grupos terroristas ou os acordos de cooperação e de compra de armas de países alheios à região", declarou Bermúdez após uma reunião com o ministro da Defesa Nelson Jobim. "Conversamos sobre o tema [da reunião do Conselho de Defesa] com o ministro Jobim, e seguramente seguiremos falando sobre o assunto, apesar de que o cenário fundamental da visita era a interlocução bilateral".
O ministro disse que os "únicos inimigos" da Colômbia são o narcotráfico e o terrorismo e disse que é necessária a cooperação efetiva de toda a comunidade internacional para derrotá-los.
A posição do ministro é a mesma adotada pelo presidente colombiano, Álvaro Uribe, durante a cúpula de Bariloche, de dividir com os países vizinhos a responsabilidade de combater as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e atribuir ao seu isolamento a necessidade de buscar ajuda fora da região. A Colômbia também defende que os todos os acordos de cooperação militar sejam discutidos, não apenas os seus.
O ministro colombiano citou os acordos alcançados pelo Brasil com a França para a fabricação conjunta e a compra de cinco submarinos, um deles de propulsão nuclear, e 50 helicópteros de transporte.
"A Colômbia respeita muito as decisões que podem ser tomadas em cada país", mas "qualquer consideração sobre esse tema pode ser discutida dentro da Unasul", apontou.
Anteriormente, o governo colombiano havia pedido a discussão dos acordos de compra de armas russas pela Venezuela.
Bermúdez declinou de comentar as críticas recorrentes do presidente venezuelano, Hugo Chávez, aos acordos entre Colômbia e EUA.
Além de se reunir com Jobim, Bermúdez tinha prevista uma reunião com o ministro de Assuntos Estratégicos, Daniel Barcelos Vargas, e um jantar com o chanceler Celso Amorim. Fonte: Folha Online Com Efe e France Presse
O Conselho de Defesa do organismo vai se reunir no próximo dia 15 em Quito, em um encontro convocado fundamentalmente para discutir os detalhes do acordo que está sendo negociado entre a Colômbia e os EUA para o uso de sete bases colombianas por militares americanos, conforme decidido na cúpula de chefes de Estado realizada em Bariloche em 28 de agosto.
Mas os colombianos insistem que a questão das guerrilhas, do terrorismo, do narcotráfico e os acordos militares de todos os países da região com terceiros sejam alvo das discussões.
"A Colômbia acredita que é muito importante que nesse cenário da Unasul sejam discutidos todos os temas de interesse regional, como a presença de grupos terroristas ou os acordos de cooperação e de compra de armas de países alheios à região", declarou Bermúdez após uma reunião com o ministro da Defesa Nelson Jobim. "Conversamos sobre o tema [da reunião do Conselho de Defesa] com o ministro Jobim, e seguramente seguiremos falando sobre o assunto, apesar de que o cenário fundamental da visita era a interlocução bilateral".
O ministro disse que os "únicos inimigos" da Colômbia são o narcotráfico e o terrorismo e disse que é necessária a cooperação efetiva de toda a comunidade internacional para derrotá-los.
A posição do ministro é a mesma adotada pelo presidente colombiano, Álvaro Uribe, durante a cúpula de Bariloche, de dividir com os países vizinhos a responsabilidade de combater as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e atribuir ao seu isolamento a necessidade de buscar ajuda fora da região. A Colômbia também defende que os todos os acordos de cooperação militar sejam discutidos, não apenas os seus.
O ministro colombiano citou os acordos alcançados pelo Brasil com a França para a fabricação conjunta e a compra de cinco submarinos, um deles de propulsão nuclear, e 50 helicópteros de transporte.
"A Colômbia respeita muito as decisões que podem ser tomadas em cada país", mas "qualquer consideração sobre esse tema pode ser discutida dentro da Unasul", apontou.
Anteriormente, o governo colombiano havia pedido a discussão dos acordos de compra de armas russas pela Venezuela.
Bermúdez declinou de comentar as críticas recorrentes do presidente venezuelano, Hugo Chávez, aos acordos entre Colômbia e EUA.
Além de se reunir com Jobim, Bermúdez tinha prevista uma reunião com o ministro de Assuntos Estratégicos, Daniel Barcelos Vargas, e um jantar com o chanceler Celso Amorim. Fonte: Folha Online Com Efe e France Presse
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