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sexta-feira, 12 de junho de 2009

Nova resolução da ONU para a Coreia do Norte foi aprovada por unanimidade

O Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) aprovou nesta sexta-feira, por unanimidade, o endurecimento das sanções contra a Coreia do Norte por causa do teste nuclear realizado pelo país em 25 de maio --o segundo desde 2006.

O novo projeto, redigido pelos Estados Unidos, foi objeto de duas semanas de árduas negociações com os outros quatro membros permanentes do Conselho --China, França, Reino Unido e Rússia--, além de Japão e Coreia do Sul.

Embaixador japonês na ONU, Yukio Takasu, discursa no Conselho de Segurança após endurecimento de sanções contra Pyongyang

A resolução bane todas as exportações de armas provenientes da Coreia do Norte e a maioria das importações de armamento feitas pelo país. O texto autoriza os países-membros da ONU a inspecionar cargas norte-coreanas aéreas, terrestres e marítimas, e autoriza a destruição de todos itens que estiverem sendo transportados em violação às sanções.


A enviada americana, Rosemary DiCarlo, disse aos 15 membros do Conselho de Segurança que a resolução criou "sanções mais fortes" contra a Coreia do Norte para persuadir o país a abandonar sua ambição nuclear.

Tanto a China quanto a Rússia, que se mostraram relutantes em apoiar medidas punitivas contra Pyongyang no passado, apoiaram a resolução proposta pelos EUA.

O embaixador chinês na ONU, Zhang Yesui, disse que a resolução demonstra a "firme oposição" do mundo às ambições nucleares norte-coreanas e clamou o país a interromper seu programa de armas nucleares.

"Nós pedidos fortemente para que a República Democrática Popular da Coreia honre seus compromissos com a desnuclearização, pare com qualquer movimento que possa piorar a situação e que retorne ás negociações das seis partes", disse. As "seis partes" são as nações que negociam o fim do programa nuclear norte-coreano --as duas Coreias, Rússia, China, Japão e Estados Unidos.

Negociações

As negociações sobre a nova resolução duraram duas semanas, por causa da divergência entre dois grupos --os EUA e o Japão pressionavam por sanções mais duras, mas a China e a Rússia se mantinham cautelosas sobre provocar Pyongyang impondo novas sanções.

No entanto, todos os países concordavam que a Coreia do Norte precisava de uma resposta ao teste nuclear realizado em 25 de maio, que foi seguido pelo lançamento de mísseis de curto alcance.

Desde então a tensão na península coreana tem estado em níveis elevados, já que Pyongyang se desvinculou do armistício que pôs fim à guerra com a Coreia do Sul (1950-1953). Além disso, informações de agências de inteligência dão conta de que o país pode testar mísseis que poderiam atingir os territórios do Japão e dos EUA.

Provocação

A resolução 1.874, aprovada nesta sexta-feira, é uma represália ao anúncio de um teste nuclear subterrâneo feito pela Coreia do Norte em 25 de maio passado. Desde então, mesmo sob fortes críticas de toda a comunidade internacional --incluindo seus aliados--, a Coreia do Norte já disparou diversos mísseis, e a expectativa é pelo lançamento de um suposto míssil de longo alcance capaz de chegar ao território americano.

Na última segunda-feira (8), o Japão informou ter interceptado, via rádio, uma informação de que a Coreia do Norte mandou todas as embarcações ficarem longe da sua costa leste entre os próximos dias 10 e 30.

No mesmo dia, Pyongyang renovou a promessa de que irá reagir "com linha-dura" a eventuais novas sanções. De acordo com o jornal norte-coreano "Rodong Sinmun", a Coreia do Norte "já deixou claro diversas vezes que irá considerar qualquer sanção uma declaração de guerra e que irá adotar as medidas de autodefesa correspondentes".
Fonte: Folha Online

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