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segunda-feira, 22 de junho de 2009

O caso da gravação do Manasses, Gardolinski, Oriente & Cia.

Para entender o imbróglio do PRTB:

1 — O grupo liderado por Manasses de Oliveira apoiava Beto Richa desde a eleição de 2004. Tanto é que participou da administração anterior de Richa, na qual Manasses foi secretário do Trabalho.

2 — Este grupo do Manasses era hegemônico dentro do PRTB de Curitiba. Tanto que realizou uma convenção municipal e venceu, ficando certo que o partido coligaria com o PSDB e apoiaria Beto Richa para prefeito.

3 — Foi então que a direção estadual do PRTB decidiu mudar de rumo. Seu presidente estadual, Marino Teixeira, decidiu que o partido deveria apoiar Fábio Camargo, do PTB, para prefeito. Marino declarou nula a convenção municipal e colocou o PRTB a serviço da campanha de Fábio Camargo.

4 — Houve revolta dentro do PRTB de Curitiba. A maioria absoluta decidiu romper com o partido, mesmo que isso significasse perder a legenda e a possibilidade de se candidatar a vereador. Entre eles, vereadores eleitos, como o próprio Manasses de Oliveira e o Mestre Déa, e mais 26 candidatos.

5 –Ao saírem do PRTB, Manasses e sua turma organizaram um comitê independente para apoiar Beto Richa. Todos os ex-candidatos a vereador lá se reuniam para organizar eventos de campanha. Beto Richa compareceu á inauguração do comitê, embora ele não fizesse parte da estrutura oficial da campanha.

6 — O coordenador do comitê era Alexandre Gardolinski que, entre outras, arrecadava e fazia pagamentos de despesas aos membros do PRTB. Gardolinski, para comprovar os pagamentos e ter munição para tratar com Manasses de Oliveira, decidiu gravar as reuniões e os pagamentos feitos, muitos deles sem notas, sem comprovação e cobertos com documentos frios, como se vê na própria gravação.

7 — Estas gravações, segundo Gardolinski, acabaram nas mãos de Rodrigo Oriente, que as negociou com Fábio Camargo, o candidato do PTB que perdeu o apoio de Manasses e seu grupo. Das mãos de Fábio teriam saído cópias que chegaram ao governador Requião, ao senador Alvaro Dias, a procuradores do Ministério Público, juízes, desembargadores, deputados e empresários, entre eles Maurício Xavier, muito ligado a Maurício Requião, irmão do governador Requião. Xavier estaria, hoje, integrado à campanha de Alvaro Dias.

8 — Das mãos dos adversários de Beto Richa para a mídia foi um pulo. E assim ela serviu de base para o primeiro grande ataque a Beto Richa na disputa eleitoral deste ano. É evidente que a divulgação não está preocupada em esclarecer o imbróglio interno do PRTB, mas procura atingir Richa, o mais forte candidato à sucessão de Requião.

9 — Beto Richa fez mais de 77% dos votos válidos para se reeleger prefeito em Curitiba. É claro que a participação de Manasses e seu comitê de excluídos do PRTB não modificaram decisivamente o resultado da campanha.

10 — Assim que soube das imagens, o prefeito Beto Richa pediu para vê-las e assim que as viu demitiu da prefeitura os três cabeças do comitê do PRTB de Manasses. Não se descarta a possibilidade novas demissões, pois na divulgação através do Fantástico, da Globo, apareceram novas figuras envolvidas.

11 — A coordenação da campanha da coligação “O Trabalho Continua”, de Beto Richa, dará entrevista hoje, às 15h00, no Hotel Bourbon.
Fonte: Blog Fabio Campana

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