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segunda-feira, 1 de junho de 2009

Presidente do Irã: Ahmadinejad no Brasil

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A visita do presidente iraniano ao Brasil, prevista para o dia 6 de maio, foi adiada (veja informações). Ele é um dos principais negadores do Holocausto na atualidade. Ahmadinejad também não perde uma oportunidade para manifestar seu ódio a Israel e seu desejo de destruir o Estado judeu[1]. Sendo assim, a simpatia do governo brasileiro por ele faz-nos lembrar do ditado: "Dize-me com quem andas e te direi quem és''.

Algumas informações sobre o Irã[2]: desde a posse de Ahmadinejad em 2005, a situação dos direitos humanos no país piorou dramaticamente (com elevado número de execuções, muitas delas por apedrejamento ou enforcamento públicos). Um esboço de código penal estipula a pena de morte por apostasia (isto é, para quem deixar o islã). Os cristãos[3] e outras minorias religiosas têm sofrido severas restrições e perseguições. As autoridades iranianas também suprimem a liberdade de expressão e opinião, prendendo jornalistas, controlando publicações e a internet, além das atividades acadêmicas.

O Irã é promotor do terrorismo mundial e financiador do Hezb'Allah (o Partido de Alá, no Líbano) e do Hamas (na Faixa de Gaza). Essas duas milícias islâmicas radicais têm atacado Israel a mando do Irã e cometido inúmeras matanças de civis. Sua ação, porém, não se limita ao Oriente Médio: a Argentina acusou formalmente o Irã pelos violentos atentados contra instituições judaicas em Buenos Aires (em 1992 e 1994). Na América do Sul, a atuação iraniana é crescente, principalmente através da aliança com Hugo Chávez e Evo Morales.

O Irã também está em fase adiantada de desenvolvimento de tecnologia nuclear e de mísseis balísticos, representando uma séria ameaça para todo o Oriente Médio e o mundo. Dessa forma, o crescente armamento e a influência iraniana despertam fortes temores entre as próprias nações muçulmanas (principalmente na Arábia Saudita, no Egito e em alguns países do Golfo). Apesar da aparente unidade islâmica, há profundas desconfianças e conflitos entre muitos países árabes (dos quais, a maioria é sunita) e os iranianos xiitas (que são persas, e não árabes).

Quanto a Israel, as afirmações e provocações do presidente e de outros líderes iranianos são bem conhecidas: "Israel deve ser riscado do mapa...'', "Israel está destinado à destruição...'', "Israel é um tumor canceroso...''[1]. Sua última investida ocorreu na abertura da vergonhosa conferência da ONU (em Genebra) que, supostamente, deveria ser anti-racista. Como foi manipulada para atacar Israel, vários países[4] negaram-se a participar dela desde o princípio. Ironicamente, apesar do seu histórico, o presidente iraniano foi um dos principais oradores. Quando começou sua diatribe contra Israel e negando o Holocausto – justamente na véspera do Yom HaShoah, o dia em que se lembra o assassinato de 6 milhões de judeus no tempo do nazismo! – os delegados da União Européia se retiraram em protesto. Ficaram os representantes dos países que parecem concordar com Ahmadinejad, entre eles os brasileiros, ouvindo até o final o discurso de ódio aos judeus[5]. Assim, mais uma vez, o Brasil escolheu as más companhias.

É importante lembrar que o Irã (a Pérsia) tem grande destaque na Bíblia (veja os livros dos profetas Daniel, Ageu, Esdras, Neemias e de Ester). A Pérsia foi um dos impérios da visão da grande estátua do rei Nabucodonosor – interpretada pelo profeta Daniel, essa imagem representa todo o desenrolar da história das nações, até o estabelecimento do reino de Deus (Daniel 2, veja o Apocalipse). Os persas também são citados como aliados de Gogue na invasão de Israel "nos últimos dias'' (Ezequiel 38.5). Portanto, as profecias bíblicas revelam o papel do Irã no cenário mundial e nos permitem entender o que realmente há por trás do comportamento atual desse país. Ao estreitar seus laços com ele – enquanto se distancia de Israel – o governo brasileiro se expõe ao juízo anunciado em Gênesis 12.3: "...amaldiçoarei os que te amaldiçoarem'' .

A estátua do sonho de Nabucodonosor - veja Daniel 2.


As pessoas e os países podem escolher com quem se relacionar e andar – mas as más companhias revelam a inclinação de quem as procura e, quando não há afastamento delas, o final sempre é trágico. Você gostaria que seus filhos andassem com quem tem um “currículo” semelhante ao do presidente iraniano? Sem dúvida, a má escolha dessa amizade é extremamente preocupante. (Ingo Haake – http://www.Beth-Shalom.com.br)

Notas:

1. O Irã promoveu as conferências “Um Mundo sem Sionismo” (em outubro de 2005) e de questionamento do Holocausto (em dezembro de 2006, com a presença de destacados revisionistas e anti-semitas de todo o mundo). Há uma longa lista de declarações anti-israelenses dos líderes iranianos e, especialmente, de Ahmadinejad, em encontros e eventos: http://en.wikipedia.org/wiki/Mahmoud_Ahmadinejad_and_Israel

2. Antes que alguém se ofenda, achando que se trata de “acusações” contra o “povo iraniano”: nenhuma delas se refere aos iranianos como pessoas, mas ao regime que os governa, do qual eles são as primeiras vítimas. Além disso, trata-se de fatos amplamente noticiados e conhecidos.

3. A Open Doors USA (Portas Abertas) relata: "A partir de 2008 houve forte endurecimento com as igrejas que se reúnem nos lares. Mais de 50 cristãos foram presos por sua fé numa das sociedades mais repressivas do mundo. Um casal cristão morreu após ser interrogado por funcionários governamentais... Apenas as igrejas armênias e assírias podem instruir seus conterrâneos em sua própria língua, mas é proibido ensinar pessoas de origem islâmica (que falam farsi). Muitos cultos são monitorados pela polícia secreta... Por pressão das autoridades, os cristãos são oprimidos e têm dificuldades em achar empregos e mantê-los logo que se descobre sua religião". (extraído de http://www.opendoorsusa.org/UserFiles/File/Open%20Doors%20World%20Watch%20List%202009.pdf)

4. Israel, EUA, Austrália, Alemanha, Canadá, Itália, Suécia, Nova Zelândia e Polônia.

5. As notas posteriores de crítica do discurso de Ahmadinejad não parecem muito convincentes, pois não era difícil prever que na conferência, manipulada para servir de plataforma de condenação de Israel, só poderia haver esse tipo de manifestação.

Vídeo: Europeus saíram quando Presidente do Irão apelidou Israel de governo racista


Fonte: Chamada da Meia Noite

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