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quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Empresas descontam faltas justificadas de trabalhadores, denunciam sindicatos

Sindicatos estimam que 15% das empresas de Maringá não aceitem declarações de consulta médica, expedidas quando o trabalhador falta ao trabalho por poucas horas

Cerca de 15% das empresas de Maringá não estão abonando faltas justificadas de trabalhadores, denuncia a Coordenação Sindical Trabalhista de Maringá, órgão que congrega 22 sindicatos trabalhistas da cidade. A estimativa é aproximada. Dentro de um mês, a entidade espera concluir um levantamento que resultará em dados precisos sobre a questão. O problema ocorre com declarações de comparecimento a consultas médicas, expedidas quando o trabalhador se ausenta do trabalho por algumas horas. O documento, segundo o órgão, não é aceito por muitas empresas, que consideram válidos somente atestados médicos.


O presidente da Delegacia Regional de Maringá do Conselho Regional de Medicina (CRM), Natal Gianotto, afirma que ambos os documentos são legais e que garantem abono aos trabalhadores, desde que discriminem o nome do médico e do paciente, o horário da consulta e a finalidade do documento.

Segundo os sindicatos, o problema ocorre desde 2003, mas se intensificou neste ano
As declarações de comparecimento a consultas médicas são expedidas quando o funcionário não precisa se afastar do trabalho para cuidar da saúde, realizando consultas rápidas, ou quando acompanha alguém que será atendido. Já o atestado é emitido quando o paciente precisa se afastar das atividades laborais. O secretário de Saúde de Maringá, Antônio Carlos Nardi, explica que o médico é o responsável por definir qual documento é mais adequado para cada situação.

De acordo com o presidente da Coordenação Sindical Trabalhista de Maringá, Jorge Moraes, o problema acontece desde 2003, mas se intensificou neste ano. O órgão tem feito reuniões com Nardi, na tentativa de resolver a situação. Não há negociação direta com os patrões. Caso o problema persista, Moraes promete acionar a Justiça, por meio do Ministério Público do Trabalho (MPT).

A reportagem entrou em contato com o Sindicato dos Lojistas do Comércio e do Comércio Varejista de Maringá e Região (Sivamar) e com a Associação Comercial e Industrial de Maringá (Acim), que ainda não se manifestaram.
Fonte: Gazeta do Povo

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