O ministro da Cultura da França, Frederic Mitterrand, está lutando para manter o cargo em meio à polêmica sobre um livro escrito por ele em 2005, no qual detalha os bordéis de Bangcoc e o prazer e a liberdade de pagar "meninos" para fazer sexo. Os relatos de Mitterrand - de turismo sexual infantil, segundo seus críticos - voltaram a assombrá-lo depois que ele saiu em defesa do diretor de cinema Roman Polanski, detido na Suíça por acusações feitas nos Estados Unidos por ter mantido relações sexuais com uma menina de 13 anos quando ele tinha 43 anos.
O ministro, sobrinho do ex-presidente François Mitterrand, vai aparecer em rede nacional de televisão hoje à noite em meio a ameaças de ações policiais e pedidos, tanto da esquerda quando da direita, para que renuncie. A situação é complicada para a França e especialmente para o presidente Nicolas Sarkozy. A adesão de não-conservadores como Mitterrand a seu governo tem irritado seu partido, o UMP.
Os críticos de Mitterrand dizem que ele fez relatos de turismo sexual infantil, tema de uma campanha do governo francês. Por outro lado, também envolve a vida sexual de um político, o que para muitos franceses é considerado assunto particular, além do reconhecimento da homossexualidade por uma figura pública. Sarkozy, que nomeou Mitterrand seu ministro da Cultura quatro meses atrás, ainda não falou sobre o livro.
O partido de extrema direita Frente Nacional admitiu que saiu em busca de assuntos que pudessem incriminar Mitterrand após sua defesa de Polanski. "Frederic Mitterrand deve deixar o cargo porque sua presença no governo como representante da França é uma mancha indelével para todo o mundo", disse a vice-presidente da Frente Nacional, Marine Le Pen.
Os partidos de esquerda também querem a saída do ministro. O socialista Arnaud Montebourg disse hoje que Mitterrand "agiu deliberadamente em violação das leis nacionais e internacionais" e pediu a Sarkozy e ao primeiro-ministro François Fillon que o demitam. "É impossível que um ministro que representa a França encoraje a violação de seus próprios compromissos internacionais para lutar contra o turismo sexual", disse Montebourg em comunicado.
Livro
O livro, "La mauvaise vie" ou "A vida má", é descrito como uma autobiografia e inclui piadas sobre sua própria família e suas viagens. Mitterrand relembra que era ridicularizado na infância por seus colegas e por ter se metido em confusões por causa de sua atração por outros meninos. Pouco depois da publicação do livro, Mitterrand disse à rede televisão France-3 que não era pedófilo e usou o termo "meninos" de forma livre. Fonte: Agência Estado
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quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Ministro francês causa polêmica com relato de pedofilia
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