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terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Defesa de Milton Martini tenta obstruir julgamento

Trabalhos da CP na Câmara de Sarandi contra o prefeito de Sarandi começaram com uma hora de atraso, depois da tentativa do advogado de defesa, Celson Martini, irmão do prefeito, de destituir o relator

O primeiro dia de depoimentos à Comissão Processante (CP), instaurada na Câmara de Sarandi para julgar atos do prefeito Milton Martini (PP), foi marcado por tentativas de obstrução. Advogado de defesa do irmão, João Celso Martini, ex-prefeito de Marialva, pediu ao presidente da comissão, Luiz Carlos Aguiar (PPS), que impedisse a permanência do relator Aparecido Biancho (PT) na CP. Ele alegou que faltava isenção ao vereador porque um integrante do partido e o assessor do petista são os responsáveis pela denúncia.

Depois de cerca de 40 minutos, o presidente negou o pedido, alegando que havia sido apresentado fora do prazo. “A argumentação deveria ter sido apresentada na defesa prévia”, disse Aguiar. A comissão também lembrou que o advogado de defesa já havia tentado destituir a comissão na Justiça e teve os pedidos negados.

Marcada para começar às 14 horas desta segunda-feira, o depoimento do denunciante Nílson do Nascimento começou com uma hora de atraso.

A comissão quis saber em que ele havia se baseado para encaminhar a denúncia à Câmara. “No estado de abandono em que se encontra a cidade desde que Miltom Martini assumiu a prefeitura. Não tem um esparadrapo num posto de saúde; a Secretaria de Ação social não tem uma cesta básica para doar a um pobre; não tem uma rua sem buraco”, respondeu Nascimento.

Terminado o depoimento, a CP abriu espaço para que a defesa também fizesse perguntas. Celso Martini ensaiou um discurso, dizendo que estava ali como “advogado e patrocinador da defesa de Milton Martini por acreditar na inocência dele”. O presidente da comissão lembrou que o espaço era destinado apenas a perguntas. A ata do primeiro depoimento foi lida, relida e rescrita diversas vezes até ser assinada pelo advogado .

Só às 17h10 foi chamada a segunda testemunha, Elizangela Freitas. O advogado pediu a impugnação da testemunha, alegando que ela não podia ter sido convocada. Pedido negado, a testemunha confirmou que foi chefe do setor de Contratos e Convênios da prefeitura e reconheceu as assinaturas dos documentos que autorizaram a compra de equipamentos na loja da mulher do ex-chefe de Gabinete.

O depoimento da terceira testemunha, Carlos Falashi, começou às 18h30. A comissão quis saber o trâmite normal de uma compra. Ao responder a sequência, a comissão perguntou: “Por que a nota foi feita antes do empenho?” Falashi não soube explicar. Fonte: O Diário, reportagem de Edmundo Pacheco

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