Instalações de água e esgoto, já desligadas, serão preparadas para receber os “novos” moradores - Foto: Roberto Corradini/Secs - Arquivo
Quase três dias depois da rebelião que resultou na morte de seis detentos e deixou a Penitenciaria Central do Estado completamente destruída, foi confirmada a remoção de 300 presos, de menor periculosidade, para as celas desativadas do “Presídio do Ahu”. Os demais serão transferidos para outras penitenciárias do Estado e somente 300 deverão ficar na PCE.
De acordo com o secretário estadual da Justiça, Jair Ramos Braga, todas as portas e algumas grades das alas da PCE foram arrancadas. “Não é simples recolocar uma porta daquelas, precisaremos de tempo para deixar a penitenciaria em condições de abrigar os presos novamente”, explicou. Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria, a transferência pode ser transferida para amanhã.
A Prisão Provisória de Curitiba (PPC), nome oficial do Presídio do Ahu, estava sem desocupada desde 11 de julho de 2006, quando os últimos presos foram transferidos para o Centro de Detenção e Ressocialização (CDR), em Piraquara. Para receber os 300 detentos, o local passa por manutenção, pois desde a sua desativação, o sistema de esgoto, água e segurança haviam sido cancelados.
Sexto
Na tarde de ontem, foi confirmada a morte de mais um detento da PCE, ele estava internado, vítima de agressão. Seu nome não foi informado. Cinco morreram durante o motim, três deles carbonizados e não identificados, os outros dois são Orlando Quartarolli e Alexandre Carlos Simões. Oito detentos ficaram feridos e foram socorridos pelo Siate.
O motim começou na noite de quinta-feira, depois que os presos fizeram três agentes penitenciários reféns. Dos cerca de 1.500 detentos da PCE, aproximadamente 1.200 se envolveram, de alguma forma, no conflito. A rebelião terminou na tarde de sexta-feira, quando os presos se renderam e libertaram os reféns.
Quem vai cuidar dos presos?
Márcio Barros
Para o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná, Clayton Agostinho Auwerter, o maior problema não é a transferência dos presos para outras unidades, mas quem vai cuidar deles. “Se, na PCE, vão continuar 300 presos, vamos ter que manter agentes trabalhando lá. Quem serão os agentes que vão para a PPC?”
Ele comentou que, se cerca de 900 presos serão redistribuídos a outras unidades, haverá acúmulo de serviço e serão necessários mais agentes nesses locais. “Não podemos concordar que os presos fiquem ao relento, no pátio da PCE, tanto pela saúde deles quanto pela segurança. No entanto, nossa função é salvaguardar a vida dos agentes, e vamos lutar por isso”, afirmou.
Ele pretende se reunir com o secretário de Justiça para entender os detalhes dessas iniciativas que estão sendo tomadas, que segundo ele, só pensam em solucionar os problemas do Estado, e esquecem do trabalhador.
Troca de acusações
Márcio Barros e AEN
Em sua agência de notícias, o Governo do Estado, confirmou que o confronto entre presos de facções rivais é apontado como o principal motivo da rebelião e pode ter sido facilitado.
As suspeitas recaem sobre agentes penitenciários ou chefe de segurança. Foi determinada a abertura de inquérito para apurar responsabilidades e o Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) assumiu as investigações.
De acordo com a matéria divulgada pela Agência Estadual de Notícias, os agentes pressionam o governo para que atenda às reivindicações do sindicato, como porte de arma, “dentro e fora do presídio”, e mudança de escala de trabalho, em que trabalhariam oito dias por mês e folgariam 22.
Contestação
A suspeita foi contestada por Clayton Ele disse que a rebelião só aconteceu por causa da retirada de policiais militares da guarda interna do presídio. Clayton também afirmou que enviou ofício à Ordem dos Advogados do Brasil, sobre a preocupação com a medida da Secretaria da Segurança Pública. “Se nós estávamos avisando sobre o perigo de rebelião, como iríamos ajudar os presos?”
O secretário da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, porém, garantiu que a rebelião não tem nenhuma ligação com a retirada de 20 policiais militares da PCE. “Dos 82 policiais que estavam na unidade permaneceram 62, porque estudos comprovaram que o número seria suficiente.” Fonte: Paraná Online, reportagem de Márcio Barros
Quase três dias depois da rebelião que resultou na morte de seis detentos e deixou a Penitenciaria Central do Estado completamente destruída, foi confirmada a remoção de 300 presos, de menor periculosidade, para as celas desativadas do “Presídio do Ahu”. Os demais serão transferidos para outras penitenciárias do Estado e somente 300 deverão ficar na PCE.
De acordo com o secretário estadual da Justiça, Jair Ramos Braga, todas as portas e algumas grades das alas da PCE foram arrancadas. “Não é simples recolocar uma porta daquelas, precisaremos de tempo para deixar a penitenciaria em condições de abrigar os presos novamente”, explicou. Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria, a transferência pode ser transferida para amanhã.
A Prisão Provisória de Curitiba (PPC), nome oficial do Presídio do Ahu, estava sem desocupada desde 11 de julho de 2006, quando os últimos presos foram transferidos para o Centro de Detenção e Ressocialização (CDR), em Piraquara. Para receber os 300 detentos, o local passa por manutenção, pois desde a sua desativação, o sistema de esgoto, água e segurança haviam sido cancelados.
Sexto
Na tarde de ontem, foi confirmada a morte de mais um detento da PCE, ele estava internado, vítima de agressão. Seu nome não foi informado. Cinco morreram durante o motim, três deles carbonizados e não identificados, os outros dois são Orlando Quartarolli e Alexandre Carlos Simões. Oito detentos ficaram feridos e foram socorridos pelo Siate.
O motim começou na noite de quinta-feira, depois que os presos fizeram três agentes penitenciários reféns. Dos cerca de 1.500 detentos da PCE, aproximadamente 1.200 se envolveram, de alguma forma, no conflito. A rebelião terminou na tarde de sexta-feira, quando os presos se renderam e libertaram os reféns.
Quem vai cuidar dos presos?
Márcio Barros
Para o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná, Clayton Agostinho Auwerter, o maior problema não é a transferência dos presos para outras unidades, mas quem vai cuidar deles. “Se, na PCE, vão continuar 300 presos, vamos ter que manter agentes trabalhando lá. Quem serão os agentes que vão para a PPC?”
Ele comentou que, se cerca de 900 presos serão redistribuídos a outras unidades, haverá acúmulo de serviço e serão necessários mais agentes nesses locais. “Não podemos concordar que os presos fiquem ao relento, no pátio da PCE, tanto pela saúde deles quanto pela segurança. No entanto, nossa função é salvaguardar a vida dos agentes, e vamos lutar por isso”, afirmou.
Ele pretende se reunir com o secretário de Justiça para entender os detalhes dessas iniciativas que estão sendo tomadas, que segundo ele, só pensam em solucionar os problemas do Estado, e esquecem do trabalhador.
Troca de acusações
Márcio Barros e AEN
Em sua agência de notícias, o Governo do Estado, confirmou que o confronto entre presos de facções rivais é apontado como o principal motivo da rebelião e pode ter sido facilitado.
As suspeitas recaem sobre agentes penitenciários ou chefe de segurança. Foi determinada a abertura de inquérito para apurar responsabilidades e o Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) assumiu as investigações.
De acordo com a matéria divulgada pela Agência Estadual de Notícias, os agentes pressionam o governo para que atenda às reivindicações do sindicato, como porte de arma, “dentro e fora do presídio”, e mudança de escala de trabalho, em que trabalhariam oito dias por mês e folgariam 22.
Contestação
A suspeita foi contestada por Clayton Ele disse que a rebelião só aconteceu por causa da retirada de policiais militares da guarda interna do presídio. Clayton também afirmou que enviou ofício à Ordem dos Advogados do Brasil, sobre a preocupação com a medida da Secretaria da Segurança Pública. “Se nós estávamos avisando sobre o perigo de rebelião, como iríamos ajudar os presos?”
O secretário da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, porém, garantiu que a rebelião não tem nenhuma ligação com a retirada de 20 policiais militares da PCE. “Dos 82 policiais que estavam na unidade permaneceram 62, porque estudos comprovaram que o número seria suficiente.” Fonte: Paraná Online, reportagem de Márcio Barros
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