Geralmente quando vamos apresentar os principais conteúdos da fé cristã aos não-cristãos somos levados a um beco sem saída por afirmações como “Só acredito se você me provar”. Mas por que exatamente as pessoas tem tanta fome pela certeza absoluta? Será que não estão fundamentando suas vidas numa fé cega acerca do conhecimento científico?
Não precisamos ser necessariamente especialistas em Filosofia da Ciência para chegar a conclusão de que a fome pela certeza absoluta e a constante exigência de provas e evidências está fundamentada em frágeis pressupostos. Isto é, pressupõe-se que a ciência pode nos explicar tudo e nos dar sempre certezas absolutas. Alister Mcgrath, professor da Universidade de Oxford, entende que:
"A maior parte das pessoas tem uma concepção popular e mítica da ciência, que pouca relação guarda com a realidade. Para tais pessoas, a ciência é capaz de desvelar os mistérios do mundo, pondo a descoberto as leis e os princípios com uma certeza absoluta".
A cosmovisão cientificista afirma que “tudo é explicado pela ciência” ou que "não há verdades além das verdades científicas". No entanto, basta apenas um pouco de raciocínio lógico para mostrar que estas afirmações cientificistas são auto-refutáveis, e portanto, necessariamente falsas. Isto é, proposições como "tudo é explicado pela ciência" não podem ser justificadas cientificamente, e portanto, não conseguem satisfazer as exigências da própria cosmovisão cientificista. Em outras palavras, isto significa que o cientificismo para ser verdadeiro, tem que necessariamente rejeitar suas próprias pressuposições (pois não se tratam de assuntos científicos), ou então, precisa afirmar que as conclusões da ciência são mais certas do que as pressuposições usadas para justificar as conclusões, o que é um absurdo.
W.L. Craig no debate com o químico Prof. Peter Atkins foi confrontado num dado momento com o argumento extremamente cientificista de que a ciência é onipotente, e por isso, tão somente a ciência pode nos explicar todas as coisas. Na ocasião, Craig expôs a fragilidade desta "crença" apresentando pelo menos quatro problemas para as quais a ciência não tem resposta, e que mesmo assim as aceitamos racionalmente sem o aval científico. Vejamos:
1) A ciência não pode provar as verdades lógicas e metafísicas. A ciência apenas as pressupõe, uma vez que tentar prová-las desembocaria fatalmente um raciocínio circular.
2) A ciência não pode provar os valores éticos e os juízos de valor. Por exemplo, não podemos provar cientificamente que o atos de crueldade praticados pelos cientistas nazistas nos campos de concentração são moralmente errados.
3) A ciência não pode provar os valores estéticos. Não temos como determinar através do método cientifico o que é belo ou o que constitui uma obra de arte.
4) E por fim, a própria ciência não pode ser justificada cientificamente. A ciência é permeada por pressupostos que não podem ser provados cientificamente, como o princípio da uniformidade.
Assista abaixo o trecho do debate em que Craig demonstra a incoerência interna do cientificismo do Dr. Atkins.
Fonte: [ Soli Deo Gloria ]
Não precisamos ser necessariamente especialistas em Filosofia da Ciência para chegar a conclusão de que a fome pela certeza absoluta e a constante exigência de provas e evidências está fundamentada em frágeis pressupostos. Isto é, pressupõe-se que a ciência pode nos explicar tudo e nos dar sempre certezas absolutas. Alister Mcgrath, professor da Universidade de Oxford, entende que:
"A maior parte das pessoas tem uma concepção popular e mítica da ciência, que pouca relação guarda com a realidade. Para tais pessoas, a ciência é capaz de desvelar os mistérios do mundo, pondo a descoberto as leis e os princípios com uma certeza absoluta".
A cosmovisão cientificista afirma que “tudo é explicado pela ciência” ou que "não há verdades além das verdades científicas". No entanto, basta apenas um pouco de raciocínio lógico para mostrar que estas afirmações cientificistas são auto-refutáveis, e portanto, necessariamente falsas. Isto é, proposições como "tudo é explicado pela ciência" não podem ser justificadas cientificamente, e portanto, não conseguem satisfazer as exigências da própria cosmovisão cientificista. Em outras palavras, isto significa que o cientificismo para ser verdadeiro, tem que necessariamente rejeitar suas próprias pressuposições (pois não se tratam de assuntos científicos), ou então, precisa afirmar que as conclusões da ciência são mais certas do que as pressuposições usadas para justificar as conclusões, o que é um absurdo.
W.L. Craig no debate com o químico Prof. Peter Atkins foi confrontado num dado momento com o argumento extremamente cientificista de que a ciência é onipotente, e por isso, tão somente a ciência pode nos explicar todas as coisas. Na ocasião, Craig expôs a fragilidade desta "crença" apresentando pelo menos quatro problemas para as quais a ciência não tem resposta, e que mesmo assim as aceitamos racionalmente sem o aval científico. Vejamos:
1) A ciência não pode provar as verdades lógicas e metafísicas. A ciência apenas as pressupõe, uma vez que tentar prová-las desembocaria fatalmente um raciocínio circular.
2) A ciência não pode provar os valores éticos e os juízos de valor. Por exemplo, não podemos provar cientificamente que o atos de crueldade praticados pelos cientistas nazistas nos campos de concentração são moralmente errados.
3) A ciência não pode provar os valores estéticos. Não temos como determinar através do método cientifico o que é belo ou o que constitui uma obra de arte.
4) E por fim, a própria ciência não pode ser justificada cientificamente. A ciência é permeada por pressupostos que não podem ser provados cientificamente, como o princípio da uniformidade.
Assista abaixo o trecho do debate em que Craig demonstra a incoerência interna do cientificismo do Dr. Atkins.
Fonte: [ Soli Deo Gloria ]
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