Desde a rebelião de 2001, policiais militares eram responsáveis pela vigilância interna do presídio
Agentes na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Piraquara, vivem dias de tensão desde a última sexta-feira. Isso porque, de acordo com o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen), a Polícia Militar (PM) deixou de realizar a segurança interna do presídio, devolvendo a função para os agentes que agora temem novas rebeliões na maior penitenciária do Paraná.
Segundo os agentes, não houve comunicado sobre a saída dos policiais, e até por isso eles não sabem a razão da medida. “Fomos pegos de surpresa. Sem sermos comunicados, os policiais não estavam mais lá na sexta-feira passada”, relata o presidente do Sindarspen, Clayton Auwerter.
Policiais militares participam da segurança interna da PCE desde 2001, quando uma rebelião deixou um saldo de quatro mortos — um agente e três detentos. Devido à fragilidade das instalações da prisão, a PM deslocou um efetivo para dentro do presídio.
Conforme o sindicato dos agentes, trabalhavam no presídio 50 policiais militares — armados com bombas de gás lacrimogêneo e armas de bala de borracha. Dos 30 agentes penitenciários por turno, apenas 15 atuam diretamente nos deslocamentos dos detentos lá dentro. Com isso, a conta fica desequilibrada. A PCE abriga cerca de 1.500 presos em um espaço projetado inicialmente para 500 pessoas.
A Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania (Seju), contudo, informou, por meio de sua assessoria, que a situação na Penitenciária Central do Estado estaria normal, com a presença de agentes e da Polícia Militar no interior do presídio. Já a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) aconselhou à reportagem para que fosse procurado o Comando da PM. Até o fechamento da edição, porém, não houve resposta.
Hipóteses — Desde que assumiu parte da segurança interna na PCE, a PM tinha data para deixar o local. Assim que fosse concluida a ampliação de galerias, os policiais deixaram a parte interna da prisão. O Batalhão da Guarda, ao lado do presídio, já era responsável pela segurança e vigilância no entorno do sistema, que conta ainda com a Penitenciária Estadual de Piraquara — mais moderna — e a Penitenciária Feminina.
Na avaliação de Clayton Auwerter um dos possíveis motivos da antecipação da medida seria um remanejamento de efetivo, que estaria em falta no Estado. Outra hipótese seria de retaliação aos agentes penitenciários, por terem feito ameaças de greve para chamar a atenção sobre a falta de segurança no presídio.
“Nada é impossível. Por um motivo fútil os agentes foram colocados em risco”, reclama Auweter. Ele denuncia que uma rebelião pode acontercer a qualquer momento, já que os agentes penitenciários não estariam em número suficiente para controlar um motim sem a ajuda da PM. “Não ia ficar bom para o governo uma rebelião em ano de eleição. Todos sabem que a Penitenciária Central do Estado é um barril de pólvora e agora acenderam o pavio”, alerta o presidente da Sindarspen. Fonte: Bem Paraná
Agentes na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Piraquara, vivem dias de tensão desde a última sexta-feira. Isso porque, de acordo com o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen), a Polícia Militar (PM) deixou de realizar a segurança interna do presídio, devolvendo a função para os agentes que agora temem novas rebeliões na maior penitenciária do Paraná.
Segundo os agentes, não houve comunicado sobre a saída dos policiais, e até por isso eles não sabem a razão da medida. “Fomos pegos de surpresa. Sem sermos comunicados, os policiais não estavam mais lá na sexta-feira passada”, relata o presidente do Sindarspen, Clayton Auwerter.
Policiais militares participam da segurança interna da PCE desde 2001, quando uma rebelião deixou um saldo de quatro mortos — um agente e três detentos. Devido à fragilidade das instalações da prisão, a PM deslocou um efetivo para dentro do presídio.
Conforme o sindicato dos agentes, trabalhavam no presídio 50 policiais militares — armados com bombas de gás lacrimogêneo e armas de bala de borracha. Dos 30 agentes penitenciários por turno, apenas 15 atuam diretamente nos deslocamentos dos detentos lá dentro. Com isso, a conta fica desequilibrada. A PCE abriga cerca de 1.500 presos em um espaço projetado inicialmente para 500 pessoas.
A Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania (Seju), contudo, informou, por meio de sua assessoria, que a situação na Penitenciária Central do Estado estaria normal, com a presença de agentes e da Polícia Militar no interior do presídio. Já a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) aconselhou à reportagem para que fosse procurado o Comando da PM. Até o fechamento da edição, porém, não houve resposta.
Hipóteses — Desde que assumiu parte da segurança interna na PCE, a PM tinha data para deixar o local. Assim que fosse concluida a ampliação de galerias, os policiais deixaram a parte interna da prisão. O Batalhão da Guarda, ao lado do presídio, já era responsável pela segurança e vigilância no entorno do sistema, que conta ainda com a Penitenciária Estadual de Piraquara — mais moderna — e a Penitenciária Feminina.
Na avaliação de Clayton Auwerter um dos possíveis motivos da antecipação da medida seria um remanejamento de efetivo, que estaria em falta no Estado. Outra hipótese seria de retaliação aos agentes penitenciários, por terem feito ameaças de greve para chamar a atenção sobre a falta de segurança no presídio.
“Nada é impossível. Por um motivo fútil os agentes foram colocados em risco”, reclama Auweter. Ele denuncia que uma rebelião pode acontercer a qualquer momento, já que os agentes penitenciários não estariam em número suficiente para controlar um motim sem a ajuda da PM. “Não ia ficar bom para o governo uma rebelião em ano de eleição. Todos sabem que a Penitenciária Central do Estado é um barril de pólvora e agora acenderam o pavio”, alerta o presidente da Sindarspen. Fonte: Bem Paraná
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