Corte coincide com anúncio do governo Requião de contratação de dois mil policiais
A proposta do governo Requião para o Orçamento de 2010 prevê que o Estado terá R$ 170 milhões a menos do que em 2009 para gastos com pessoal – pagamento de salários de policiais civis, militares e servidores – na área de Segurança Pública. O corte acontece no momento em que o governo anuncia a contratação de dois mil novos policiais, e enquanto policiais civis ameaçam entrar em greve por melhores salários. Além disso, vem à tona na esteira de uma nova crise na política de segurança pública da gestão Requião, que vem sendo colocada em xeque pelo aumento da criminalidade no Estado.
O Orçamento de 2009 prevê um total de R$ 1.013 bilhão para as despesas com a folha de pagamento da Secretaria de Estado da Segurança, comandada por Luiz Carlos Delazari. Na proposta para 2010 que vem, encaminhada à Assembleia Legislativa, que deve se votada até o final deste ano, o valor para a mesma despesa é de apenas R$ 843 milhões, uma redução de cerca de 16%.
O deputado Mauro Moraes (PSDB)levantou ontem esses números apontando contradição entre o que o governo promete e o que efetivamente pretende gastar com segurança: “A conta não bate. Como vamos aumentar o efetivo e ainda dar um reajuste salarial significativo para os policiais com redução no Orçamento para gastos com pessoal na segurança”, questionou Moraes, que pretende apresentar uma emenda à proposta de Orçamento do governo, para pelo menos manter no ano que vem o mesmo volume de recursos previstos em 2009.
Na terça-feira da semana passada, diante da repercussão de uma chacina ocorrida em 3 de outubro, na periferia de Curitiba, que deixou oito mortos, o secretário Delazari foi obrigado a ir até a Assembleia para defender sua gestão. A convocação dele foi garantida com o apoio de 31 dos 54 deputados – incluindo parlamentares da própria base do governo Requião, descontentes com a atuação do secretário. Na audiência, ele admitiu redução no efetivo policial no Estado nos últimos anos, mas alegou que isso não seria decisivo para melhorar a segurança ou o combate à criminalidade. “A solução para os problemas da segurança pública não é a quantidade de policiais, mas a qualidade destes homens e mulheres que trabalham pela segurança pública. O Rio de Janeiro que tem 16 milhões de habitantes e cerca de 37 milhões PMs”, afirmou Delazari. Segundo ele, o Paraná teria atualmente 4.365 policiais civis na ativa e outros 17 mil policiais militares.
Comprovação — As justificativas do secretário não convenceram os deputados, que
voltaram a pedir a demissão de Delazari. “Ficou comprovado é que o número do efetivo da PM é menor do que o efetivo de 2003, quando este governo assumiu a administração, e também em relação a lei que define o efetivo que fixou em 21.624 policiais”, afirmou o líder da bancada de oposição, deputado Élio Rusch (DEM) lembrando que em 2002 o efetivo era em torno de 18 mil policiais para uma população que não atingia 10 milhões de habitantes. Hoje segundo estimativas do IBGE a população do Paraná se aproxima de 11 milhões.
Rusch apontou ainda que o suposto aumento no investimento da área da Segurança Pública não condiz com os investimentos realizados pelos outros estados. “Considerando o investimento por habitante, o Paraná ocupa a 22ª posição segundo dados do Ministério da Justiça”, disse. Fonte: Bem Paraná
A proposta do governo Requião para o Orçamento de 2010 prevê que o Estado terá R$ 170 milhões a menos do que em 2009 para gastos com pessoal – pagamento de salários de policiais civis, militares e servidores – na área de Segurança Pública. O corte acontece no momento em que o governo anuncia a contratação de dois mil novos policiais, e enquanto policiais civis ameaçam entrar em greve por melhores salários. Além disso, vem à tona na esteira de uma nova crise na política de segurança pública da gestão Requião, que vem sendo colocada em xeque pelo aumento da criminalidade no Estado.
O Orçamento de 2009 prevê um total de R$ 1.013 bilhão para as despesas com a folha de pagamento da Secretaria de Estado da Segurança, comandada por Luiz Carlos Delazari. Na proposta para 2010 que vem, encaminhada à Assembleia Legislativa, que deve se votada até o final deste ano, o valor para a mesma despesa é de apenas R$ 843 milhões, uma redução de cerca de 16%.
O deputado Mauro Moraes (PSDB)levantou ontem esses números apontando contradição entre o que o governo promete e o que efetivamente pretende gastar com segurança: “A conta não bate. Como vamos aumentar o efetivo e ainda dar um reajuste salarial significativo para os policiais com redução no Orçamento para gastos com pessoal na segurança”, questionou Moraes, que pretende apresentar uma emenda à proposta de Orçamento do governo, para pelo menos manter no ano que vem o mesmo volume de recursos previstos em 2009.
Na terça-feira da semana passada, diante da repercussão de uma chacina ocorrida em 3 de outubro, na periferia de Curitiba, que deixou oito mortos, o secretário Delazari foi obrigado a ir até a Assembleia para defender sua gestão. A convocação dele foi garantida com o apoio de 31 dos 54 deputados – incluindo parlamentares da própria base do governo Requião, descontentes com a atuação do secretário. Na audiência, ele admitiu redução no efetivo policial no Estado nos últimos anos, mas alegou que isso não seria decisivo para melhorar a segurança ou o combate à criminalidade. “A solução para os problemas da segurança pública não é a quantidade de policiais, mas a qualidade destes homens e mulheres que trabalham pela segurança pública. O Rio de Janeiro que tem 16 milhões de habitantes e cerca de 37 milhões PMs”, afirmou Delazari. Segundo ele, o Paraná teria atualmente 4.365 policiais civis na ativa e outros 17 mil policiais militares.
Comprovação — As justificativas do secretário não convenceram os deputados, que
voltaram a pedir a demissão de Delazari. “Ficou comprovado é que o número do efetivo da PM é menor do que o efetivo de 2003, quando este governo assumiu a administração, e também em relação a lei que define o efetivo que fixou em 21.624 policiais”, afirmou o líder da bancada de oposição, deputado Élio Rusch (DEM) lembrando que em 2002 o efetivo era em torno de 18 mil policiais para uma população que não atingia 10 milhões de habitantes. Hoje segundo estimativas do IBGE a população do Paraná se aproxima de 11 milhões.
Rusch apontou ainda que o suposto aumento no investimento da área da Segurança Pública não condiz com os investimentos realizados pelos outros estados. “Considerando o investimento por habitante, o Paraná ocupa a 22ª posição segundo dados do Ministério da Justiça”, disse. Fonte: Bem Paraná
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