Um grupo de rabinos radicais que acreditam na iminente chegada do messias exortou no domingo (25/10) a todos os judeus do mundo a visitarem o “Monte do Templo” (Esplanada das Mesquitas), apesar da tensão que isso poderia provocar com o mundo muçulmano.
“Há um fenômeno preocupante e é que cada vez que duas ou três pedras são lançadas (por árabes), os judeus são afastados do Monte do Templo. Os árabes aprenderam (a fórmula) e atuam em consequência”, disse o rabino Yehuda Glick, diretor do Instituto do Templo e organizador da conferência.
Por “Monte do Templo” os judeus entendem o lugar onde existia há dois mil anos o bíblico santuário de Jerusalém e onde há séculos está a esplanada que abriga as mesquitas de Al-Aqsa – terceiro santuário mais sagrado do islã – e de Omar.
As visitas judaicas a esse lugar desencadearam no passado sangrentas ondas de violência como a Intifada de Al-Aqsa, em 2000, e no domingo mesmo cerca de vinte pessoas ficaram feridas em enfrentamentos entre policiais israelenses e palestinos que tinham sido convocados a “defender Al-Aqsa”, em coincidência com a conferência dos rabinos.
“Quando nós tenhamos a outros cem Yehuda Glick, a outras cem pessoas disposta a entregar sua alma (como os muçulmanos), o ‘Monte do Templo’ será nosso”, declarou Yaakov Madan, um dos rabinos supostamente mais moderados do fórum e que se inclina por não fazer visitas ao recinto sagrado.
Há três décadas os judeus não costumavam subir à Esplanada das Mesquitas porque a corrente ultra-ortodoxa impunha que, ao fazê-lo, violavam a pureza do Sancta Sanctorum, ao que só tinha acesso o Sumo Sacerdote uma vez ao ano, no Dia do Perdão.
No entanto, nos últimos anos ganhou força outra corrente de rabinos que militam no movimento religioso sionista e que acham que a era mesiânica chegou.
Glick, cujo instituto começou inclusive a tecer as vestimentas dos sacerdotes, assim como as de seus seguidores, acha que é o momento de reivindicar fisicamente a jurisdição sobre o “Monte o Templo”, para que o messias possa completar sua construção de acordo às mais antigas profecias bíblicas.
Do grupo fazem parte conhecidos líderes espirituais do movimento religioso sionista, que se reuniram no fim de semana em conferência por ocasião do 843º aniversário da visita do filósofo sefardita Maimônides a esse lugar sagrado e que reivindicam que também devem ter acesso a ele.
À conferência, realizada em Jerusalém, assistiram também pelo menos cinco deputados de partidos ultranacionalistas, um dos líderes mais radicais do governante Likud, Moshé Feiglin, e o tenente prefeito de Jerusalém, David Hadari.
A conferência foi emitida ao vivo pela emissora do movimento sionista religioso Arutz Sheva.Fonte: Último Segundo
“Há um fenômeno preocupante e é que cada vez que duas ou três pedras são lançadas (por árabes), os judeus são afastados do Monte do Templo. Os árabes aprenderam (a fórmula) e atuam em consequência”, disse o rabino Yehuda Glick, diretor do Instituto do Templo e organizador da conferência.
Por “Monte do Templo” os judeus entendem o lugar onde existia há dois mil anos o bíblico santuário de Jerusalém e onde há séculos está a esplanada que abriga as mesquitas de Al-Aqsa – terceiro santuário mais sagrado do islã – e de Omar.
As visitas judaicas a esse lugar desencadearam no passado sangrentas ondas de violência como a Intifada de Al-Aqsa, em 2000, e no domingo mesmo cerca de vinte pessoas ficaram feridas em enfrentamentos entre policiais israelenses e palestinos que tinham sido convocados a “defender Al-Aqsa”, em coincidência com a conferência dos rabinos.
“Quando nós tenhamos a outros cem Yehuda Glick, a outras cem pessoas disposta a entregar sua alma (como os muçulmanos), o ‘Monte do Templo’ será nosso”, declarou Yaakov Madan, um dos rabinos supostamente mais moderados do fórum e que se inclina por não fazer visitas ao recinto sagrado.
Há três décadas os judeus não costumavam subir à Esplanada das Mesquitas porque a corrente ultra-ortodoxa impunha que, ao fazê-lo, violavam a pureza do Sancta Sanctorum, ao que só tinha acesso o Sumo Sacerdote uma vez ao ano, no Dia do Perdão.
No entanto, nos últimos anos ganhou força outra corrente de rabinos que militam no movimento religioso sionista e que acham que a era mesiânica chegou.
Glick, cujo instituto começou inclusive a tecer as vestimentas dos sacerdotes, assim como as de seus seguidores, acha que é o momento de reivindicar fisicamente a jurisdição sobre o “Monte o Templo”, para que o messias possa completar sua construção de acordo às mais antigas profecias bíblicas.
Do grupo fazem parte conhecidos líderes espirituais do movimento religioso sionista, que se reuniram no fim de semana em conferência por ocasião do 843º aniversário da visita do filósofo sefardita Maimônides a esse lugar sagrado e que reivindicam que também devem ter acesso a ele.
À conferência, realizada em Jerusalém, assistiram também pelo menos cinco deputados de partidos ultranacionalistas, um dos líderes mais radicais do governante Likud, Moshé Feiglin, e o tenente prefeito de Jerusalém, David Hadari.
A conferência foi emitida ao vivo pela emissora do movimento sionista religioso Arutz Sheva.Fonte: Último Segundo
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