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sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Estudo de viabilidade de Trem Pé Vermelho ficará pronto em 6 meses

Segundo Ferroeste, o trem é viável e a decisão de adotá-lo é irreversível. O estudo apontará demanda, horários, entre outros aspectos

O estudo de viabilidade que apontará a demanda real e as obras necessárias para a ligação entre Londrina e Maringá por meio de uma linha de trem para passageiros deve ficar pronto em seis meses. A necessidade de instalação, já confirmada em estudos anteriores, foi discutida em um seminário nesta sexta-feira (6) em Londrina. Entre os participantes, o presidente da Estrada de Ferro Paraná Oeste (Ferroeste), Samuel Gomes, e o diretor do Departamento de Relações Institucionais do Ministério dos Transportes (MT), Afonso Carneiro Filho.

De acordo com Gomes, um estudo da década de 1990, realizado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) já mostrava a ligação entre Londrina e Maringá como o segundo projeto no país com grande viabilidade para instalação de trens regionais de passageiros. “Já na época constatou-se a viabilidade. De lá para cá muitas coisas mudaram para melhor. O Brasil mudou e até a região se desenvolveu”, afirmou. O projeto é denominado “Trem Pé Vermelho” e o início do estudo está previsto para os próximos 30 dias.

“Segundo o estudo desenvolvido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro nossa região é uma das áreas mais propícias para este tipo de transporte. É um transporte rápido, seguro e barato”, destacou o prefeito Barbosa Neto (PDT). Já o prefeito de Maringá, Silvio Barros (PP), destacou a proximidade do projeto. “Há pouco mais de um ano, quando retomamos a discussão, parecia um projeto distante. Agora parece que o projeto tomou corpo, está pronto para ser viabilizado. Estudos mostram que a região a ser beneficiada está entre as mais viáveis para o transporte de passageiros por trilhos de todo o Brasil”, ressaltou.

Gomes ressaltou que o desenvolvimento de uma conurbação entre Londrina e Maringá fez aumentar a demanda por este meio de transporte. “Surgiram empreendimentos e aumentou a demanda por mobilidade. As condições são favoráveis”, afirmou. O estudo, segundo Gomes, apenas vai atualizar as informações, como a demanda, os custos, horários de pico, entre outros. “Em seis meses teremos o projeto devidamente com o estudo feito. Aí determinaremos as obras. Tudo leva a crer que será necessário fazer uma linha exclusiva para passageiros.”

O presidente da Ferroeste adiantou que a proposta é instalar um trem moderno, com velocidade e conforto. “Haverá condições de trabalha nele, com o computador e comunicabilidade”, disse. “O trem é viável e a decisão de adotá-lo é irreversível”, completou Gomes.

Cidades da região

A implantação do “Trem Pé-Vermelho” entre Londrina e Maringá, trecho interligado por linha férrea, beneficiará os seguintes municípios: Ibiporã, Londrina, Cambé, Rolândia, Arapongas, Apucarana, Cambira, Jandaia do Sul, Mandaguari, Marialva, Sarandi, Maringá e Paiçandu.

No dia 26 de agosto, prefeitos de doze cidades da região já tinham se reunido em Maringá, para discutir o assunto. Na ocasião, Gomes disse que ainda era cedo para falar em prazos, mas ele acredita que em 2011 os vagões já estejam nos trilhos, literalmente.

Vantagens na viagem

O público atendido terá basicamente dois perfis. Um regional, para quem precisa simplesmente viajar entre os dois centros. Outro metropolitano, voltado para a população das regiões que têm Londrina e Maringá como polo e que precisam ter outras opções de deslocamento. Este com maior demanda.

Também seria destinado às pessoas que estejam visitando a região Norte/Noroeste do Paraná, embora o objetivo principal não seja turístico, mas de desenvolvimento econômico. Para brigar com o fator tempo, que não seria muito alterado em comparação com a viagem de carro ou de ônibus (que varia entre uma hora e uma hora e meia) e com pelo menos 10 paradas nas cidades que devem ganhar estações, os entusiastas apostam na segurança e nos preços acessíveis. “Em países que já adotam o meio de locomoção, a tarifa é subsidiada”, exemplificou Gomes. Conforto também conta, e os carros devem ter, inclusive, com acesso à internet. Fonte: Gazeta do Povo

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